Assinatura de contractos decorreu na Câmara da Guarda


“A partir de hoje, estamos no caminho para que, se Deus quiser, lá mais para o final do ano, possamos inaugurar, benzer e voltar a ouvir esta magnífica sonoridade que é o órgão de tubos”, disse o presidente da Câmara da Guarda, na sessão de assinatura dos contractos de Financiamento entre o Município da Guarda e o Fundo de Salvaguarda do Património Cultural e Interadministrativo entre o Município e o Património Cultural, I.P., “para a orientação da intervenção no Órgão de Tubos da Sé da Guarda”.
A sessão, que decorreu esta quarta-feira, 10 de Janeiro, na Galeria dos Presidentes da Câmara Municipal da Guarda, contou com a participação da secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, do director geral do Património Cultural I.P., João Carlos Santos, do presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa e do Bispo da Guarda, D. Manuel Felício.
O autarca lembrou que a Sé da Guarda é a única do País que não dispõe de um órgão de tubos. Considerou a assinatura do contracto “importante para a cultura da Guarda, para a cultura da região, da diocese e naturalmente para a cultura do País e para a cultura da Europa”.
Sérgio Costa disse que “hoje se faz um pouco de história, porque há séculos que não se ouve tocar o órgão de tubos na Sé”.
O presidente da autarquia disse que se trata de “um projecto ambicioso em que muitos se empenharam ao longo de dezenas de anos e que nunca conseguiram fazer nada”. E acrescentou: “Este executivo municipal está a conseguir que o projecto seja uma realidade”.
A secretária de Estado da Cultura manifestou satisfação por estar na Guarda na assinatura dos dois contractos que vão permitir “concluir e resolver este problema que se arrasta há várias décadas”.
Isabel Cordeiro disse que a reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “veio beneficiar muito esta componente do património cultural que permitiu chegar a intervenções muito necessárias em todo o país, mas também na região centro”. Este adicional do PRR “contempla o valor de 450 mil euros para este projecto específico na Guarda” que “permite ambicionar que dentro em breve se possa de novo ouvir o órgão da Sé a tocar”.
O bispo da Guarda agradeceu à tutela “o esforço que fez” para que fossem superadas algumas dificuldades. “Hoje temos aqui o caminho aberto. Para nós é uma grande esperança, porque este povo está à espera há décadas”, disse, D. Manuel Felício.
Os contractos agora assinados têm como objectivo concluir os trabalhos de instalação do órgão da Sé que já está a ser construído pelo organeiro Frederico Desmottes, em Espanha.
O padre José Luís Farinha, membro da Comissão Diocesana para Instalação do Novo Órgão, explicou que a construção do órgão que vai ser instalado na Sé da Guarda está “numa fase muito adiantada, mas ainda há muito fazer”. Depois de ter visitado o local onde decorre a construção do órgão referiu que “estarão concluídos 70% dos trabalhos”.
O investimento de mais de 900 mil euros a realizar com a construção do Órgão da Sé da Guarda é repartido pelos fundos comunitários do Portugal 2020, Ministério da Cultura, Município da Guarda e outros municípios CIM Beiras e Serra da Estrela e pela Diocese da Guarda.