Seminário decorreu em Mangualde


Decorreu no dia 4 de Maio na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves, em Mangualde, o Seminário “Modernização da Linha da Beira Alta”. Esta iniciativa conjunta, da Infraestruturas de Portugal (IP) e da CP – Comboios de Portugal, quis promover o esclarecimento e debate público sobre o âmbito e objectivos do investimento de cerca de 500 milhões de euros que a Infraestruturas de Portugal está a executar através do programa de requalificação e expansão da rede ferroviária nacional - Ferrovia2020.
O Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, considerou que a Linha da Beira Alta é, neste momento, “uma espécie de microcosmo do que se passa na rede ferroviária nacional”, dando nota de que “85% do investimento do Ferrovia 2020 já está concluído ou em fase de empreitada”. Considerou que com diversas empreitadas a decorrer em praticamente em toda a extensão da Linha, “a sua concretização permitirá uma maior eficiência e segurança, “garantida através da instalação do sistema de sinalização ETCS”.
José Carlos Clemente, director de Empreendimentos da Infraestruturas de Portugal, explicou detalhadamente os trabalhos que estão a decorrer e já executadas entre Pampilhosa e Vilar Formoso, que inclui a construção de uma nova via directa entre a Linha do Norte e a Linha da Beira Alta, que encurtará, termos de tempos e trajecto, a ligação dos comboios vindos do norte às regiões servidas directamente pela Linha da Beira Alta e no acesso, através da fronteira em Vilar Formosos, a Espanha e resto da Europa.
Durante o Seminário, a sessão de debate contou com as participações do presidente da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, Nuno Araújo, o director executivo da Associação Portuguesa de Empresas Ferroviárias, Miguel Rebelo Sousa, o director executivo da Associação dos Transitários de Portugal, António Nabo Martins e o Director de Produção Centro da CP-Comboios de Portugal, Hermenegildo Rico.
O consultor coordenador da unidade técnica de Prospectiva e Planeamento da PlanAPP, Francisco Furtado, abordou a temática da Linha da Beira Alta no contexto do Corredor Atlântico.
O vice-presidente da CP, Pedro Moreira, salientou “as melhorias na prestação do serviço de transporte de passageiros que serão possíveis após a modernização da infra-estrutura, que permitirá uma redução estimada em 25 a 30 minutos nos tempos de viagem”.
Carlos Fernandes, vice-presidente da Infraestruturas de Portugal destacou a elevada importância que a Linha da Beira Alta tem na Rede Ferroviária Nacional, “constituindo-se como um factor promotor da coesão territorial, da competitividade da economia nacional e mobilidade das pessoas”. Deu nota dos vários benefícios deste investimento, entre os quais “a redução dos custos de transporte em cerca de 30%, o que vai melhorar substancialmente de competitividade”.