Nova Direcção e novo Conselho Fiscal tomaram posse

A nova direcção da Cáritas Diocesana da Guarda, presidida pelo juiz desembargador jubilado, João Inácio Monteiro, tomou posse no dia 22 de Setembro, na sede da Cáritas da Guarda. Da nova direcção também fazem parte António Augusto Batista Rodrigues (vice-presidente), Irene do Nascimento Macena (Secretária), António Alexandre da Costa (Tesoureiro) e Maria da Conceição Monteiro (Vogal). O Conselho Fiscal é presidido por António Carlos Gonçalves, sendo secretário Manuel Portugal e vogal Maria Isabel Varandas.A lealdade para com D. Manuel Felício, a paixão pelo associativismo, a formação cristã e o aval pessoal na escolha da equipa, foram os vectores que levaram João Inácio Monteiro a aceitar o cargo de Presidente da Cáritas Diocesana da Guarda. “Como juiz desembargador jubilado, após 46 anos de trabalho a servir o Estado, 10 anos como técnico auxiliar do Instituto Nacional de Estatística e 36 anos como magistrado judicial, hesitei em aceitar o cargo e pedi algum tempo para reflexão, ciente das responsabilidades que o mesmo impõe e dado que já exercia outras funções no âmbito da diocese, como presidente da Mesa da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia, como presidente da Comissão Diocesana de Protecção de Menores e Vulneráveis e outras de carácter jurídico”, disse João Inácio Monteiro no discurso de tomada de posse. E acrescentou: “Depois de pensar no assunto por alguns dias, após insistência, dadas as relações de amizade e de proximidade e colaboração que venho mantendo com a diocese, desde as Jornadas da Juventude onde colaborei, como jurista, com o amigo de longa data Padre António Carlos, embora prevendo algum sacrifício pessoal, decidi largar o meu lugar de conforto de magistrado jubilado e anuir ao convite do Rev.mo Bispo da Diocese da Guarda, D. Manuel Felício”. Recordou que tanto as Misericórdias como a Cáritas “enquanto pessoas colectivas de utilidade pública, com objectivos de solidariedade social, na prossecução dos seus fins altruístas, na promoção de uma sociedade mais justa, mais solidária e mais fraterna, é obrigação do Estado dar-lhe apoio, porque imbuídas naquele espírito, desempenham um papel fundamental no apoio aos cidadãos mais necessitados e muitas vezes excluídos ou ignorados pelo Estado e até pelo poder local, que olha mais para as obras de fim de campanha do que para as pessoas”.Considerou que “cuidar e prestar assistência aos cidadãos excluídos ou auto-excluídos da sociedade é uma tarefa árdua e difícil, que atenta a particularidade, não basta ter preparação técnica, mas sobretudo estar imbuído do espírito cristão, exigindo uma intervenção de equipas multidisciplinares para saber compreender um ser débil e fragilizado, muitas vezes incompreendido e marginalizado”.Na tomada de posse da nova Direcção e do novo Conselho Fiscal, o Bispo da Guarda referiu que a “passagem de testemunho” acontece quando vivemos “tempos de dificuldades especiais”. D. Manuel Felício disse que uma dessas dificuldades “foi e continua a ser a pandemia, que nos acompanha de forma declarada há mais de um ano e meio”. Considerou que a pandemia “criou muitos desequilíbrios e fez crescer as situações de carência e o número de pessoas carenciadas”. Lembrou que a Cáritas da Guarda “conseguiu sempre reunir os meios indispensáveis para levar às muitas pessoas que a procuram a resposta certa no momento certo”. Para D. Manuel Felício “os tempos que se aproximam não se adivinham fáceis”, pois “a tendência continua a ser para crescerem as necessidades sem que possam aumentar, pelo menos na mesma medida e proporção as generosidades”. E acrescentou: “A Caritas Diocesana há-de continuar a ser o rosto visível e acolhedor de toda a nossa Diocese, que de facto se empenha em estar atenta a todos, privilegiando os mais carenciados, os habitantes das periferias”.João Inácio Monteiro sucede, no cargo de presidente da Cáritas Diocesana da Guarda, a Manuel Portugal.