Contrato de cessão com a nova empresa é assinado hoje, no Turismo de Portugal


A empresa Greenfield SGPS vai assumir as obras de recuperação do Hotel de Turismo da Guarda. O contrato de concessão de recuperação deste equipamento de referência para a Guarda, no âmbito do programa Revive, foi assinado em Maio de 2018 com o consórcio MRG Property e MRG Construction, mas devido a dificuldades financeiras o consórcio vai ceder a posição contratual à empresa Greenfield SGPS.
Na reunião desta segunda-feira, 9 de Setembro, o Presidente da Câmara da Guarda explicou que a empresa que ganhou o concurso para a recuperação do Hotel de Turismo da Guarda vai ceder a sua posição contratual e a obra vai ser executada por outro grupo económico. Carlos Chaves Monteiro disse que a autarquia mediou uma reunião entre a MRG e a Greenfield SGPS com o objectivo de ser encontrada uma “solução compromisso que fosse da aceitação por parte do Ministério da Economia e do Turismo de Portugal”.
A assinatura do contrato de cessão da posição está programada para hoje, 12 de Setembro, às 11.00 horas, no Turismo de Portugal, em Lisboa.
Com a nova empresa, a Greenfield SGPS, o Hotel de Turismo da Guarda “será vocacionado para o turismo de saúde no segmento de luxo” e terá cinco estrelas. Carlos Chaves Monteiro explicou que “o Hotel de Turismo da Guarda terá 100 camas, das quais 50 serão residência sénior e as restantes 50 hotel cinco estrelas”.
“O investimento, reabilitação e equipamento será suportado pela Greenfield SGPS e ascende a um valor de 7,9 milhões de euros. Existe a convicção por parte desta empresa de que a primeira pedra será lançada no primeiro semestre de 2020, como momento simbólico do início das obras”, disse Carlos Chaves Monteiro.
No final da reunião da Câmara, a vereadora do PS, Cristina Correia, mostrou satisfação pela assinatura do contrato de cessão com a nova empresa e disse que “está na hora de termos o Hotel de Turismo a funcionar”.
Com forte presença no centro da cidade, o edifício do Hotel de Turismo da Guarda de porte majestoso, foi construído em 1936 por iniciativa municipal, com projecto do Arquitecto Vasco Regaleira, na sequência de um concurso público do “hotel modelo” para as várias regiões do país, lançado pelo então “Comissariado de Turismo”.
O Hotel foi inaugurado em 1947 e mais tarde, em 1958, ampliado e classificado de 3 estrelas, ficando com um total de 2 suites e 101 quartos, apoiados por restaurante, bar, piscina e pequeno jardim.
O programa Revive refere que “o edifício possui uma imagem regionalista baseada no modelo das “Casas Portuguesas”, defendido pelo Arquitecto Raúl Lino, e com orientações pessoais do Engenheiro Duarte Pacheco, então Ministro das Obras Públicas e Comunicação. Apresenta um marcado ritmo de pilastras e elementos arquitectónicos de granito talhados a pico fino, sendo também marcantes a forma dos telhados e o volume central da entrada principal. Os interiores possuem paredes rebocadas à talocha, silhares de azulejos policromos, portas e guarda-ventos em madeira de castanho, pavimentos em ladrilho de granito e tectos com pinturas a fresco que imitam a técnica do século XVIII, bem como tectos em madeira de castanho”.