No território da Rede de Aldeias de Montanha 

Isenção de IMI para as empresas mais afectadas pela pandemia ou a redução do IVA e de algumas taxas municipais foram algumas das propostas avançadas pelos empresários da região da ADIRAM - Associação de Desenvolvimento Integrado da Rede de Aldeias de Montanha, durante uma videoconferência sobre as novas perspectivas e desafios do Turismo no interior de Portugal, com o tema “(Re)desenhar o papel do Turismo no Interior em tempo de COVID-19”, que teve lugar no dia 20 de Maio.Na iniciativa, que reuniu uma audiência com mais de duas centenas de pessoas, os empresários da região apelaram ao papel cimeiro das autarquias, por via das CIMS, no apoio robusto e estruturado aos pequenos e médios negócios e à necessidade de valorização de toda uma cadeia de valor existente.O encontro virtual contou com a presença de José Francisco Rolo, Presidente da ADIRAM, Pedro Machado, Presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro, Luís Tadeu e José Carlos Alexandrino, respectivamente, Presidentes das Comunidades Intermunicipais das Beiras e Serra da Estrela e Região de Coimbra, assim como empresários, consultores e agentes de desenvolvimento e turismo.Houve unanimidade em defender que as empresas do sector da hotelaria e restauração do Interior “deverão ter instrumentos de apoio específicos”, apelando para uma “discriminação positiva” nos instrumentos de apoio. Outro aspecto abordado pelos empresários refere-se ao mecanismo de lay-off. De uma maneira geral, todos consideram que deverá estar mais alinhado com as necessidades das empresas hoteleiras. A burocracia e a demora das entidades bancárias em disponibilizar o dinheiro às empresas foram apontadas, como os principais entraves e dificuldades para os empresários.O Presidente da FIBNET Portugal, França e Arábia Saudita, Amândio Dias, ressalvou que as Aldeias de Montanha devem aproveitar esta crise “para alavancar o desenvolvimento da região num projecto de conectividade capaz de vencer as dificuldades de acessibilidade aos territórios de montanha, aproximando as populações e eventuais novos residentes ao conforto dos serviços prestados à distância. Atrair não só turistas, mas os novos nómadas do teletrabalho”.Os intervenientes consideraram ser esta a oportunidade de olhar para o território do Centro de Portugal de uma forma alternativa como destino turístico de Verão. Apontaram as praias fluviais, as lagoas, a natureza, as gentes genuínas, a qualidade do ambiente, a segurança, a confiança, o potencial para a prática de desportos ao ar livre, e a paz que se consegue fora dos grandes aglomerados citadinos, como atributos incontestáveis do territórios da Aldeias de Montanha e da Região interior centro.