Carlos Chaves Monteiro: As medidas SalvaGuarda. Apesar da tristeza do momento que nos envolve, no Verão, seis estabelecimentos estiveram na Praça Velha. Eles dizem à boca cheia que se não fosse aquela acção da Câmara com as seis barracas,

tinham acabado com o negócio. Portanto só isto já nos dá a convicção de que estamos no caminho certo. Não foram eles que nos fizeram um requerimento a pedir, nós pusemos lá as barracas e sujeitámo-los a um procedimento e isso ajudou a que os seus negócios não fechassem. Depois tudo o que é custos que qualquer empresário, na relação com a Câmara, pudesse ter, no desenvolvimento do negócio, nós incentivámo-lo. Nós dissemos logo: não queremos esta receita. Invista e recupere o dinheiro naquilo que está a perder. Não exigimos o pagamento dessas licenças, dessas taxas, dessa ocupação, dessas rendas e deixámos que canalizassem o foco da sua energia para o dinamismo do seu negócio. E, depois, também ter uma porta aberta. Temos aqui o nosso Centro de Empresas onde fazemos a ligação, de acordo com as necessidades que os empresários também nos colocaram. Foi um protocolo que fizemos com a Ordem dos Advogados, com a legislação e com a produção legislativa que ia saindo, ao nível das contribuições da segurança social. Nós, no Espaço Empresa, com o apoio da Ordem dos Advogados, estivemos muito próximos de todos aqueles que nos procuravam para resolver os seus problemas. Nós adoptámos uma metodologia para ir ao encontro dessas novas necessidades.  Essa experiência foi muito positiva naquilo que é o apoio dado em situações muito difíceis. Estamos com 140 cabazes que damos às famílias, o que não acontecia antes da pandemia. Nós apoiamos todos os meses, com 140 cabazes, famílias que nos pedem ajuda para comer. Tivemos sempre uma linha aberta para apoiar estas situações. Os apoios genéricos ao investimento e criação líquida de postos de trabalho continuam em vigor. Cidadão da Guarda: Vai haver iluminação de Natal? Há algum problema com a limpeza das ruas da cidade?Carlos Chaves Monteiro: Vai haver iluminação de Natal. Vai haver outros elementos natalícios a decorar a cidade.Quanto à limpeza, a questão é esta: nós pagamos a tempo, a empresa mantém o contracto válido e, portanto, devia cumprir escrupulosamente todas as obrigações. Sentimos que, ou fruto da pandemia, ou por alguma baixa de qualidade no serviço, há alguns problemas que nos foram reportados. Verdadeiramente na relação contratual que temos, há uma acção judicial em curso, em que a empresa concorreu, ganhou o concurso com determinado valor e, agora, pede uma alteração substancial dos valores do concurso e nós dissemos não. A não ser que seja o Tribunal a declarar ou que o contracto chegue ao seu termo, eu não posso assumir esse pagamento. Temos estado em contacto. Temos tentado sempre, dentro deste litígio, que as relações fossem boas no sentido de cumprir as obrigações assumidas. Admito que, por esse motivo, porque alegadamente estão a receber menos, quer dizer, os custos de contexto estão a ser maiores do que eles esperavam, houve aqui um risco, mas o risco não é do município, o risco é da empresa, e que eles tenham baixado a qualidade do serviço. Também é certo, o facto de haver a pandemia levou as pessoas, numa primeira fase, a estar mais tempo em casa e fazer limpeza. A esse nível também é importante deixar aqui um repto relevante: os custos com a limpeza urbana e o transporte dos resíduos sólidos urbanos vão aumentar. A sensibilização para a separação e para a reciclagem é algo determinante para que as famílias não sofram, num futuro próximo o aumento de custos que tem a ver com a recolha dos resíduos sólidos urbanos. Vamos desenvolver uma campanha para separar, para reciclar, para que tudo o que possamos decompor no nosso quintal não vá para o depósito do lixo urbano, porque quanto mais quantidade de lixo ali pusermos, mais o município vai pagar. E o município paga na dimensão da necessidade dos nossos cidadãos. Se formos disciplinados vamos pagar menos quantidade de lixo transportado e, por isso, não aumentaremos as tarifas, caso contrário as tarifas vão aumentar a partir de Janeiro. Foi o Governo que o determinou é a União Europeia que o exige, de 11 para 22 cêntimos a tonelada.Praticante de ciclismo: Sendo a VICEG uma via com velocidade limitada, com passadeiras e semáforos, há alguma razão específica para proibir a circulação de ciclistas? Quando é que a Câmara muda a sinalização da VICEG para permitir a circulação de ciclistas?Carlos Chaves Monteiro: Para já é uma questão legal que o proíbe. Aquela via não está adaptada para que os ciclistas circulem nela com segurança. Poderá haver obras de adaptação e alteração da sinalização de forma a fazê-lo mas, como todos sabemos, vamos fazer uma ciclovia naquela via estruturante da cidade e os ciclistas vão deixar de ter esse problema.