Diocese da Guarda - 17 anos de episcopado

“Por determinação do Direito Canónico, até 6 de Novembro próximo, apresento ao Santo Padre o pedido formal de dispensa das responsabilidades de Bispo Diocesano”, disse D. Manuel Felício, no dia em que assinalou 17 anos da entrada solene e tomada de posse como bispo coadjutor da Diocese da Guarda. Na homilia da Missa do último Domingo, 16 de Janeiro, data em que cumpriu o 17º aniversário da entrada na Diocese, o Bispo da Guarda prometeu rezar por aquele que o há-de suceder, no Ministério Episcopal, pedindo o mesmo a toda a Diocese. Sugeriu ainda que “desde já que, depois de haver diálogo o mais abrangente possível, na Diocese, através do Conselho Presbiteral, se façam chegar ao Núncio Apostólico, representante do Santo Padre em Portugal, indicadores sobre o perfil do novo Bispo”.O Bispo da Guarda começou por fazer balanço do que foi o último ano de Ministério Episcopal, lembrando aos presentes que no último ano a pandemia continuou a impor “muitas restrições e constrangimentos”. Referiu que apesar das contingências as celebrações dominicais realizaram-se com mais normalidade, as sessões de catequese “também estiveram de regresso”, o mesmo acontecendo com as celebrações fúnebres.“Tendo em conta a evolução da pandemia, fomos dando orientações pontuais, sempre em sintonia com a Conferência Episcopal e dialogadas com as autoridades de saúde”, adiantou D. Manuel Felício, recordando que “várias das iniciativas agendadas do programa pastoral diocesano não puderam realizar-se”.No balanço reconheceu as dificuldades na aplicação dos dois decretos sobre a reorganização pastoral da Diocese publicados em 2020, em relação aos novos arciprestados, que passaram de quinze para sete e o outro sobre os serviços diocesanos de pastoral. Lembrou que, em 2021, foi nomeado o Arcipreste e eleito o Delegado ao Conselho Presbiteral, não tendo sido possível, pelo menos em todos eles, constituir o respectivo Conselho Pastoral Arciprestal e a partir dele eleger os dois delegados ao Conselho Pastoral Diocesano.No tocante ao conjuntos de paróquias, que devem evoluir para serem unidades pastorais, “foram dados alguns passos, mas ainda não todos os desejáveis”. Recordou que um conjunto de paróquias só pode considerar-se unidade pastoral, quando, para além de um coordenador, que é o Pároco, tiver, pelo menos Conselho Pastoral da Unidade Pastoral, Cartório paroquial comum, Centro Pastoral para formação na Fé e encontros e um órgão informativo comum.“Dar passos nesta direcção é o esforço que se pede aos Párocos que têm a seu cuidado conjuntos de paróquias”, considerou. Sobre este ponto disse também que é preciso “motivar as diferentes paróquias para crescerem na mentalidade e na experiência positiva da comunhão entre si”.Lembrou o caminho que é preciso percorrer tendo em vista “a constituição dos diferentes serviços diocesanos”. Disse que “os serviços da Liturgia, da Catequese e Formação Cristã e os da Caridade são, de facto, estruturantes para a vida das nossas comunidades”, isto sem esquecer a defesa e aproveitamento do património, “sobretudo de arte sacra, mas também os serviços de comunicação, assim como o acompanhamento das famílias e a pastoral da saúde”.D. Manuel Felício referiu que durante o ano de 2021, “houve dois dos nossos sacerdotes que iniciaram formação universitária complementar e um outro que a continua”, bem como “a ordenação de dois diáconos”.