Política


A Comissão Política Distrital (CPD) do CDS-PP da Guarda defende a instalação, na Comarca da Guarda, de secções de competência especializada de Família e Menores e do Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco. A posição daquela estrutura partidária foi transmitida pelo líder distrital, Henrique Monteiro, em conferência de imprensa realizada na segunda-feira, dia 30 de Março. No mesmo dia, a CPD enviou uma carta à Ministra da Justiça, procurando sensibilizar Paula Teixeira da Cruz para a situação.
Com a criação dos novos serviços judiciários na Comarca da Guarda, Henrique Monteiro considera que seria corrigida “alguma imperfeição” que resultou do novo mapa judiciário, que entrou em vigor no ano passado e que, a nível distrital, ditou o fecho dos Tribunais da Mêda e de Fornos de Algodres e a passagem do Tribunal do Sabugal a secção de proximidade.
“No que diz respeito à redefinição do mapa judiciário, e mais especificamente ainda no que se refere à instalação de jurisdições especializadas a nível nacional, na Comarca da Guarda não foram criadas secções de competência especializada de Família e Menores, ao contrário de outras Comarcas do Interior do país, como foi o caso, designadamente, da Comarca de Castelo Branco, em que o Tribunal da Covilhã e o Tribunal de Castelo Branco mantêm, cada um, uma secção de Família e Menores”, disse o líder distrital do CDS-PP. Henrique Monteiro considera que a especialização, é uma das “pedras de toque” da reforma do mapa judiciário, que é “boa para todos os distritos do Interior do país”. No entanto, apontou que a ausência daquele serviço na Comarca da Guarda significa “um passo atrás na especialização” que representa “manifestos ganhos de produtividade para os operadores judiciários e para os cidadãos”.
Quanto ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, que funciona em instalações “insuficientes” e que abrange 40 Municípios dos distritos de Castelo Branco, Guarda e Portalegre, referiu que pelo facto de estar instalado na cidade de Castelo Branco, obriga a que as partes intervenientes nos processos, originárias dos concelhos mais distantes, tenham incómodos e despesas devido à distância a percorrer. “A existência de tribunais administrativos e fiscais e de outros serviços públicos de proximidade constitui um factor impulsionador do desenvolvimento económico e social, contribuindo para a fixação das populações no Interior. Com o novo mapa judiciário implementado na jurisdição comum, a existência de tribunais administrativos e fiscais asseguraria que na Comarca da Guarda não faltariam tribunais para as várias áreas, com as inerentes vantagens de uma desejável justiça de proximidade. Ter na Guarda tribunais administrativos e fiscais traria maior dinamismo à cidade”, afirmou Henrique Monteiro. Por isso, o responsável tem expectativas que a Ministra da Justiça seja sensível ao apelo e que haja “uma resposta positiva” por parte do Governo. Seria uma satisfação muito grande para nós e também para a população”, rematou o presidente da CPD do CDS-PP.