Devido à condenação pelo Tribunal de uma funcionária da autarquia


Carlos Chaves Monteiro pediu a destituição do presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, e a realização de eleições antecipadas no concelho, por considerar que o actual presidente da autarquia não tem “qualquer condição moral, ética ou política para desempenhar o cargo”.
O Presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, considerou as declarações do vereador do PSD como “uma tentativa de conseguir na secretaria aquilo que não conseguiu nas urnas o que o povo guardense decidiu há um ano atrás”
A condenação em primeira instância, pelo Tribunal da Guarda, de uma funcionária da Câmara Municipal da Guarda, pela prática de um crime de perseguição agravada, foi o motivo apontado pelo vereador do PSD, para justificar o pedido de destituição do Executivo camarário e a realização de eleições antecipadas.
Carlos Chaves Monteiro considerou que “é fundamental devolver ao povo da Guarda ocasião para se pronunciar e abrir um novo processo eleitoral”. Adiantou que “a queda deste executivo e a marcação de eleições intercalares é a única forma de ultrapassar o descrédito em que o Engenheiro Sérgio Costa lançou o município da Guarda, repor a confiança do eleitorado e defender a honra e a dignidade dos guardenses”.
O vereador do PSD desafiou ainda o Partido Socialista a acompanhar o PSD na defesa da dignidade do município e na moralização da vida política na cidade e no concelho. Disse que “se não acompanhar o PSD nesta proposta, o PS será cúmplice de uma presidência de Câmara que nos envergonha a todos”.
Sérgio Costa disse que foi confrontado com as declarações dos vereadores do Partido Social Democrata pedindo a demissão do executivo municipal “tendo em conta a condenação no tribunal, na passada semana, de uma funcionária desta casa”. E acrescentou: “Isto é querer usar uma funcionária da Câmara Municipal da Guarda como arma de arremesso político contra este executivo municipal”.
Sérgio Costa lamentou que “em quase 50 anos de democracia haja pessoas que estejam a actuar desta forma” e que “sejam estas pessoas a representar o Partido Social Democrata”. E acrescentou que os actuais vereadores do PSD na Câmara da Guarda “estão a deixar mal o Partido Social Democrata”.
O presidente da Câmara da Guarda referiu que “não se devem confundir as pessoas com os organismos, com as instituições que representam”. Disse que nunca falou nas reuniões de Câmara de processos em Tribunal “que já tenham decorrido ou que estejam a decorrer”. E acrescentou: “Vamos ver se no futuro será assim”.
Sérgio Costa lamentou que os vereadores do PSD “estejam a usar o processo de uma funcionária querendo citar até, da forma que melhor lhes convêm, o processo como arma de arremesso político contra este presidente de Câmara, contra este executivo municipal que foi legitimamente eleito pelos cidadãos guardenses”.
Luís Couto, vereador do PS na Câmara da Guarda, disse que na reunião do executivo não se pronunciou sobre o assunto. Adiantou que “a seu tempo tomaremos uma decisão sobre essa matéria”. E acrescentou: “Se politicamente tivermos que tomar uma posição, iremos tomar. Mas só do ponto de vista político e não judicial, nunca na base do ataque pessoal da funcionária”.