Instituto Politécnico da Guarda


“De um modo geral, em todos os cursos que nós temos aqui, os alunos têm uma empregabilidade bastante elevada”, disse o director da Escola Superior de Turismo e Hotelaria (ESTH) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), sediada em Seia, na quarta-feira, dia 8 de Março, no final do evento Business Day. Adriano Azevedo Costa adiantou que o curso de Restauração e Catering “é aquele que efectivamente tem maior empregabilidade”, mas é um curso que “exige muito da cozinha” e quem o tira é por “paixão pela área”. A ESTH tem actualmente cerca de 350 alunos que frequentam um Mestrado em Gestão e Sustentabilidade no Turismo, Licenciaturas em Gestão Hoteleira, Restauração e Catering e Turismo e Lazer e um Curso Técnico Superior Profissional (TeSP) de Cozinha e Produção Alimentar. O Business Day permitiu que várias empresas visitassem a escola e apresentassem as suas propostas de recrutamento e os seus programas de estágio aos estudantes dos vários cursos, ao mesmo tempo que promoveram as suas marcas. Do evento, que decorreu entre as 10.00 e as 17.00 horas, constaram diferentes actividades como palestras, workshops, entrevistas orientadas para a inserção no mercado de trabalho e no desenvolvimento de Soft Skills. Naquele dia foi também servido aos convidados um almoço oferecido pela ESTH/IPG e foi feito o acompanhamento de algumas actividades de restauração protagonizada por alunos. “Esta iniciativa é muito boa para os alunos, isto é uma possibilidade de os alunos terem contacto directamente com o mercado de trabalho”, referiu Adriano Azevedo Costa. E acrescentou que, por outro lado, as entidades empregadoras tiveram uma possibilidade de se deslocarem à escola e de “conhecerem as competências que estas pessoas têm, que são muitas, e poderão depois escolher os melhores para trabalharem nas suas organizações”. “Só com mão-de-obra altamente qualificada é que podemos ter serviços de qualidade (nas áreas do turismo e da hotelaria) e, por isso, acho que nós estamos no bom caminho”, referiu o director da ESTH. O responsável disse que naquele estabelecimento de ensino superior os alunos “põem a mão na massa”. “A prova disso foi o almoço que foi feito pelos alunos, foi servido pelos alunos, e estamos a falar em aulas em contexto de aulas normais. As aulas deles todos os dias são assim”, explicou, referindo-se à parte mais prática da formação. Adriano Azevedo Costa lembrou que à quarta e à quinta-feira são servidas refeições ao público no Restaurante Aplicação da escola “para que as pessoas possam vir, provar, usufruir desse serviço, mediante o pagamento de uma quantia simbólica”. Os interessados em almoçar têm que fazer a reserva com alguma antecedência e a escola serve apenas 10 refeições por dia para que não seja vista “como uma concorrência para o meio”, disse. “Felizmente temos tido a casa cheia e, às vezes, temos que recusar alguns pedidos que nos são solicitados”, referiu ainda Adriano Azevedo Costa. O director da ESTH reconhece que o restaurante onde a totalidade do serviço é feito pelos alunos dos cursos de Restauração e Catering e de Cozinha e Produção Alimentar, sob a supervisão dos respectivos docentes, é uma mais-valia para a instituição que dirige. Permite que os alunos “ponham em prática aqueles conhecimentos adquiridos em termos teóricos” e essa, reconhece, “é a grande vantagem” da escola de Seia “em relação às outras”. “Estes alunos, nestes dias fazem a formação em contexto real, ou seja, em ambiente de trabalho real, porque eles estão a servir pessoas, estão a servir clientes como se estivessem num restaurante lá fora e estão a cozinhar como se estivessem numa outra cozinha, também lá fora, só que são supervisionados pelos seus professores”, justifica. Pelas contas de Adriano Azevedo Costa o Restaurante Aplicação serve uma média de 200 refeições por cada semestre lectivo.