Guarda


A Câmara Municipal da Guarda procedeu, no dia 16 de Julho, à assinatura do auto de consignação da empreitada de “Requalificação Urbana e Paisagística do Arco Comercial da Guarda - Reabilitação do Mercado Municipal e do Centro Coordenador de Transportes”, que representa um investimento de cerca de 400 mil euros (329 mil euros + IVA) e tem um prazo de execução de 120 dias. De acordo com a autarquia, a intervenção pretende dar melhores condições a quem vende e a quem compra no Mercado Municipal e tornar o Centro Coordenador de Transportes mais confortável para as pessoas.
A intervenção no Mercado Municipal tem o objectivo de devolver ao equipamento o espaço de vivência comercial que outrora a forte afluência o caracterizava, assim como torná-lo mais agradável face à introdução de novos materiais e cores e competitivo perante as grandes superfícies comerciais que, inevitavelmente, têm vindo a surgir. Promover e valorizar os produtos regionais e tradicionais e torná-los agentes de divulgação do nosso concelho e reorganizar o Piso Zero de forma a transferir e concentrar, num só piso, toda a área comercial que se encontra dispersa pelo edifício, são outros dos propósitos, segundo os técnicos da autarquia que elaboraram o projecto. Vão transitar do Piso 1 para o Piso Zero, 5 charcutarias e 6 talhos, e do piso 2 para o Zero, 3 espaços de comércio/serviços (minimercado, pronto-a-vestir e atelier de costura). Já em relação ao Centro Coordenador de Transportes, a ideia passa pela melhoria do conforto dos utilizadores, estando prevista a reparação e a reabilitação da laje da pala do terminal de autocarros e novo pavimento, a colocação de uma nova pala na entrada Sudoeste do edifício, pinturas de paredes e pinturas gerais interiores.
O projecto de intervenção global é considerado importante pelo presidente da autarquia, Álvaro Amaro, por reconhecer que vai permitir “estimular a economia e tornar a Guarda mais atractiva”.
Em relação ao edifício do Mercado Municipal, o autarca reconheceu a necessidade de ser feita “alguma adaptação” do espaço de modo “a proporcionar melhores condições a quem vende e a quem compra”. Referiu que as obras podem avançar de imediato, mas a intervenção será realizada em colaboração com os comerciantes instalados no recinto para acautelar eventuais prejuízos no negócio.
Quanto ao destino a dar aos dois pisos superiores do edifício que vão ficar vazios, Álvaro Amaro disse que ainda não foi decidido, mas a autarquia a que preside pretende “arranjar soluções para trazer mais gente” ao Mercado Municipal.
O presidente da Câmara adiantou que o projecto começa sem o apoio do actual quadro comunitário, mas tem esperança que ainda possa ser financiado a 85%: “Eu tenho a boa impressão que vamos conseguir o financiamento”.
O presidente da Associação do Comércio e Serviços do Distrito da Guarda (ACG), Miguel Alves, que assistiu ao auto de consignação da obra, valorizou o projecto da autarquia por criar melhores condições para os cerca de 30 comerciantes que estão instalados actualmente no Mercado Municipal. Quando as obras de requalificação do edifício estiverem terminadas, o dirigente da ACG defende a criação de um condomínio comercial “que seja responsável pela manutenção, pela promoção exterior do comércio existente e pela realização periódica de eventos de dinamização comercial”. Em sua opinião, depois de colocar os comerciantes todos no mesmo piso “é preciso organizá-los e saber vender os produtos expostos”.