De aprendiz de tipógrafo a bispo de Campanha “Servir com alegria” é o lema episcopal e também o título da biografia de D. Diamantino Prata de Carvalho, bispo emérito de Campanha, Brasil, natural de Manteigas

. O livro foi apresentado no último sábado, 5 de Setembro, no auditório do Centro Cívico de Manteigas que registou boa afluência de público, apesar das medidas restritivas em vigor devido à pandemia. Albino Leitão, antigo presidente da Câmara Municipal de Manteigas, fez a apresentação de uma obra coordenada por Rui de Carvalho e escrita e revista por Daniela Costa. “D. Diamantino conviveu bem com o atelier da vida e bem soube moldar a sua arte ao serviço dos outros: conheceu terras e continentes, pessoas e instituições, todos tão variados quanto dispersos pelo mundo e em todos deixou uma mensagem sadia, até mesmo moderna moldada aos vários tempos, de simplicidade e de generosos afectos”, escreve Albino Leitão na apresentação da biografia. Falou de “um manteiguense muito apreciado por onde passou e por onde passa”, explicando que “não se limitou a somar os anos” mas “viveu os anos, viveu a vida e colocou-a ao serviço dos outros”. Albino Leitão lembrou que de Manteigas “saíram escritores, políticos, industriais” e também padres, destacando Frei Manuel dos Anjos (primeiro frade Franciscano nascido em Manteigas) e D. Albino Cleto (antigo Bispo de Coimbra). Considerou que “Manteigas ainda não prestou o devido tributo a D. Albino Cleto”, propondo a atribuição do nome de uma rua a este bispo de “superior intelectualidade”, abrindo também caminho a igual homenagem a D. Diamantino Prata de Carvalho. “Este livro retracta fielmente a sua vida desde o berço e depois ao serviço de Deus” disse Rui de Carvalho coordenador da obra e sobrinho de D. Diamantino. O Vigário Geral da Diocese, padre Manuel Matos destacou o espírito missionário do actual bispo emérito de Campanha. “Estamos perante um homem bom”, considerou Esmeraldo Carvalhinho, Presidente da Câmara de Manteigas. E acrescentou: “D. Diamantino é um manteiguense de valor que marcou e continua a marcar a história de Manteigas a letras de ouro”.  “A gente sai do torrão natal mas o torrão natal não sai de nós” confessou D. Diamantino. E explicou: “Eu saí de Manteigas mas Manteigas não saiu de mim”. Agradeceu a homenagem e considerou que “o importante é servir com alegria”. Ao longo de mais de duzentas páginas, o livro dá a conhecer a vida e obra de um filho de Manteigas que de aprendiz de tipógrafo na Casa Veritas, na Guarda, acabou em Bispo da Diocese de Campanha, no Brasil.A obra relata a meninice de Diamantino Carvalho, no lugar da Enxertada, em Manteigas e também a passagem pela Guarda, onde trabalhou na Casa Veritas e no Jornal A GUARDA, sem esquecer os Missionários de São João Baptista em Gouveia, de onde seguiu para a Alemanha e depois para a Bélgica e Brasil, onde frequentou o Seminário. Do relato faz parte a ordenação presbiteral, no dia 10 de Dezembro de 1972 e a nomeação como sexto bispo da diocese de Campanha, no dia 25 de Março de 1998, bem como toda a acção episcopal que desenvolveu. A segunda parte do livro apresenta alguns depoimentos sobre D. Diamantino Prata de Carvalho, entre os quais os de Esmeraldo Carvalhinho (Presidente da Câmara de Manteigas), D. Manuel Felício (Bispo da Guarda), José Manuel Biscais (antigo presidente da Câmara de Manteigas), António Lemos Santos (antigo Presidente da Assembleia Municipal de Manteigas), Joaquim Sampaio, Alfredo Pinheiro Neves, José Registo, Vitor Paiva Ramos (padres naturais de Manteigas).