Política


O socialista Eduardo Brito continua a exigir a repetição das eleições para a Federação Distrital do PS da Guarda. O ex-presidente da Câmara Municipal de Seia, que desistiu das eleições para a Federação do PS do dia 4 de Março, que elegeram António Saraiva, disse na quinta-feira, dia 7 de Julho, em conferência de imprensa, que foi criado um movimento para “forçar um novo acto eleitoral”, perante a demora dos órgãos nacionais do partido em marcar novas eleições. “O objectivo é (a realização de) eleições livres e justas, onde todos os participantes possam votar e isso não vai parar. É definitivo que a nossa luta só pára quando o PS marcar novas eleições”, disse o ex-candidato na conferência de imprensa realizada na sede do PS da Guarda.
Eduardo Brito considera que o processo foi “fraudulento” e o presidente eleito, António Saraiva, não é “reconhecido”, alegando que “63% dos militantes foram deliberadamente impedidos de votar” no ato eleitoral do dia 4 de Março. “Eu quero um processo limpo, transparente, justo. Não vamos desistir. Vamos até ao fim e só pararemos quando houver um ato eleitoral livre e digno” afirmou.
O socialista referiu ainda que o PS nacional não pode “deixar passar exemplos destes” e “só uma clarificação” - que é dar a palavra aos militantes - é que resolve o problema. “Nós estamos a actuar dentro dos Estatutos do nosso partido”, observou, adiantando que está em preparação um movimento distrital para, “de uma forma ou de outra, forçar o ato eleitoral”. Se a direcção nacional socialista não tomar uma decisão rapidamente, o ex-candidato à Federação Socialista da Guarda anuncia que o movimento “há-de chegar a bom porto, seguramente”.
Eduardo Brito considerou ainda que António Saraiva, se “já não tinha condições políticas internas”, uma vez que 63% dos militantes não votou, agora “também não tem condições externas” ao não enfrentar o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, na última reunião da Assembleia Municipal, dado que pautou pela ausência nessa reunião em que foi apreciada a Conta de Gerência do Município. Em sua opinião, António Saraiva “perdeu uma oportunidade para se credibilizar como líder do partido e oposição a Álvaro Amaro”.
Recorde-se que António Saraiva foi eleito líder distrital do PS da Guarda, cargo anteriormente desempenhado por José Albano Marques, no ato eleitoral realizado no dia 4 de Março e que ficou marcado pela polémica após o outro candidato, Eduardo Brito, ter desistido da candidatura. Eduardo Brito desistiu da corrida eleitoral por considerar “não estarem reunidas as condições democráticas necessárias à realização do ato eleitoral” e impugnou as eleições junto da Comissão Federativa de Jurisdição.