A queda da folha anuncia várias coisas, entre elas o final dos campeonatos de automobilismo.

Nos ralis, já temos campeões em Portugal e no Mundial de Ralis. Entre muros, o melhor foi Ricardo Teodósio. O piloto do Team Hyundai Portugal foi o terceiro classificado no Rali Vidreiro, última jornada do Campeonato de Portugal de Ralis. A vitória sorriu a Kris Meeke, o piloto que veio tomar o lugar do malogrado Craig Breen.
A prova organizada pelo Clube Automóvel da Marinha Grande foi muito disputada e a escolha de pneus acabou por ser decisiva para o desfecho final. Por um lado, Armindo Araújo errou nessa escolha. Foi perdendo tempo e a meio da prova, estava fora da luta. Miguel Correia também não foi feliz e denotando menor à vontade que nos troços de terra, acabou por deixar a luta pelo título entregue a Ricardo Teodósio e José Pedro Fontes.
O despiste do piloto do Citroen C3 Rally2 preparado pela Sports&You “entregou” em bandeja de prata o título ao algarvio do Hyundai i20 N Rally2. Armindo Araújo ainda tentou recuperar algum tempo para Teodósio, mas sem sucesso e, no final, vitória para Kris Meeke, título para Ricardo Teodósio.
No Mundial de Ralis, Kalle Rovanpera (Toyota GR Yaris Rally1) defendeu com sucesso o título conquistado em 2022. Com menos vitórias e a uma prova do final, é verdade, mas com inteira justiça. O jovem finlandês (apenas 23 anos) fez uma temporada excelente com apenas um erro – Rali da Finlândia – e muita maturidade. Na estreia do Rali do Centro da Europa – uma prova que visitou a República Checa, Áustria e Alemanha – e com condições muito adversas, Rovanpera imprimiu um andamento fortíssimo que o levou a (quase) resolver a questão no segundo dia de prova.
Cometeu um erro no terceiro dia (mas a estrelinha de campeão ajudou-o e a saída de estrada não custou mais que duas mãos cheias de segundos) e viu Elfyn Evans atirar contra o portão de um celeiro o seu Yaris GR e as esperanças de prolongar a luta pelo título para o Rali do Japão.
Imediatamente levantou o pé e deixou que Thierry Neuville ganhasse a primeira edição da prova. Uma maturidade extraordinária para um jovem de 23 anos.
Por outro lado, o título do WRC2 ficou para Andreas Mikkelsen. O norueguês ganha, assim, pela segunda vez, o cetro da segunda divisão dos ralis mundiais com algum drama à mistura. Viu os seus rivais terem problemas – Yohan Rossel abandonou devido a despiste e Gus Greensmith sofreu um furo – e acabou a despistar-se perdendo muito tempo.
Deu tudo por tudo na “Powerstage”, ganhou os três pontos de bónus e com Greensmith a fazer um pião, não pontuando no derradeiro troço, conquistou o título.