Política


Agostinho Gonçalves apresentou, esta segunda-feira, 9 de Dezembro, a demissão do cargo de presidente da Concelhia da Guarda por entender que “não é admissível que uma estrutura local”, como aquela que liderava, “possa ser vetada a um total degredo e aberrante desprezo institucional”.
Em comunicado refere que a “atitude apenas compreensível, se secundada por uma estratégia de “limpeza étnica” (em termos políticos, leia-se), numa clara purga e perseguição de determinados militantes”. E acrescenta: “Não é admissível que uma estrutura local - seja ela qual for (neste caso a Concelhia da Guarda) - possa ser vetada a um total degredo e aberrante desprezo institucional”.
Agostinho Gonçalves que foi eleito presidente da concelhia do PS Guarda, em Janeiro de 2018, adianta que estará “sempre disponível para trabalhar no interesse” do partido, “mas nunca desta forma”.
O líder demissionário mostra também “solidariedade com os Deputados do Partido Socialista da Assembleia de Freguesia de Gonçalo que renunciaram às suas funções, atentos os motivos invocados”, que estão relacionados com a escolha de Pedro Pires, ex-autarca de Gonçalo, para o gabinete da secretária de Estado da Acção Social, Rita da Cunha Mendes.
Recorde-se que, em Julho último, Pedro Fonseca, presidente da Federação Socialista da Guarda, também se demitiu, depois da proposta da distrital de candidatos às eleições legislativas ter sido chumbada pela Comissão Política Distrital do PS. Pedro Fonseca acabaria por também abandonar o lugar de vereador na Câmara Municipal da Guarda, sendo substituído no executivo municipal por Cristina Correia.
O vereador na Câmara da Guarda é Eduardo Brito, que foi candidato do PS nas eleições de 2017, também anunciou que vai renunciar ao cargo, no final do ano, por “razões de ordem política”, para não “atrapalhar” a escolha do candidato autárquico em 2021.