Reunião do executivo decorreu no Centro Cultural de Gonçalo


A Câmara da Guarda está disponível para apoiar a criação de um Centro para a Promoção e Valorização da Cestaria de Gonçalo. O presidente da autarquia disse que “se o Governo estiver disposto a articular uma solução, nós seremos também parte dessa solução e naquilo que for a necessidade de intervir com recursos financeiros e com meios humanos, estaremos na primeira linha”.
Carlos Monteiro deixou esta garantia durante a reunião quinzenal do executivo, que decorreu na freguesia de Gonçalo, esta segunda-feira, 27 de Maio.
Na reunião aberta ao público, o presidente da Assembleia de Freguesia e antigo presidente de Junta, Pedro Pires, lembrou que “Gonçalo é uma terra de cestaria”, garantindo que “esta arte não cairá no esquecimento”. Nesse sentido considerou importante que no âmbito da candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027, a câmara pudesse candidatar a cestaria de Gonçalo a Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Carlos Monteiro adiantou que independentemente das acções nacionais que possam ser feitas para a salvaguarda da cestaria, o município da Guarda está a equacionar a possibilidade de criar uma Escola de Artes e Ofícios que agregue a cestaria, o cobertor de papa, as facas do Verdugal e as campainhas de Maçainhas, entre outras actividades do concelho.
Carlos Monteiro defendeu um trabalho em rede, que envolva o governo, a autarquia e as freguesias na preservação da “riqueza endógena do concelho”.
Vitor Amaral, vereador da cultura, adiantou que a autarquia está a fazer o levantamento das actividades artesanais, com a colaboração do antropólogo Paulo Lima.
Para Eduardo Brito a preocupação com a cestaria não tem apenas a ver com a sua salvaguarda mas também com a possibilidade de gerar economia. O vereador do PS na Câmara da Guarda acusou o actual executivo de “não ter uma política para o mundo rural, capaz de gerar economia, capaz de fixar os jovens”.
Em relação à criação do Centro de Valorização da Cestaria de Gonçalo considerou que “há uma parte que cabe à Câmara”, que deve destinar alguma verba para esse projecto.
Tendo em vista a concretização de alguns projectos mais prementes, Eduardo Brito pediu mesmo que fosse criado um fundo de revitalização do mundo rural.